quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Agora é que vão ser elas...

Não sei se é só a mim que isto me faz confusão, por isso vamos lá analisar a situação:

A Senhora Ministra da Educação diz que os chumbos não são em nada benéficos para a qualidade de ensino e que em vez disso, se deveria combater o insucesso escolar com aulas de apoio e mais professores. Gostaria de saber como é que espera colocar isso em prática e com sucesso: primeiro porque a carga horária já é pesada e por isso as aulas de apoio serão limitadas e insuficientes e além disso as escolas não têm professores suficientes para as aulas normais, quanto mais de apoio. Não me parece que seja a melhor solução, dadas as situações que já vi dado que tenho um filho na escola.
Na primária, agora chamado 1º ciclo, não se chumba os meninos até à quarta classe e depois temos miúdos nesse ano que quase nem sabem ler. Depois claro reprova-se durante 2 anitos e têm de os passar para o 5º ano porque já são muito grandes ao pé dos que fazem o seu percurso normal. Acabamos com turmas em que a maioria tem 9 anos e 2 ou 3 alunos com 12 anos.
Quando chegam ao 5º ano, não têm bases nenhumas e perdem-se completamente, num novo ano em que têm cerca de 6 professores ou mais e montes de matérias diferentes para aprender. Mas as ordens do Ministério é para não chumbar no 5º ano - passam todos. É o caos, porque os que se esforçam para tirar boas notas e ter resultados ficam revoltados a ver os colegas que só brincam e ainda perturbam quem quer aprender, a passar de ano na maior e sem esforço.
No 6º ano, vai ser outra balda. Não fazer nada e gozar os colegas e os professores porque afinal até compensa…

Mas afinal se o nosso ensino já está assim, será que ainda o vão piorar? Não seria preferível reprovar no ano em que não atingiram os objectivos previstos e recuperar essa matéria? É que ao passar de ano, o que não se aprendeu vai para o galheto…

Custa-me ver deixarem estes jovens perderem a oportunidade de adquirirem conhecimentos e valores que só os iriam ajudar no futuro. Pena não mandar… mas tenho sempre direito à minha indignação. Espero que esta ideia IDIOTA não vá avante, em vez disso sejam rigorosos e zelem pelo futuros das crianças.

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